quinta-feira, 22 de julho de 2010

Refletindo sobre o futuro

Há algum tempo, uns 10 anos mais ou menos, venho pensando no meu futuro, o que eu quero pra mim e o que não quero. A lista de ambos os pontos, positivos e negativos, é imensa. Não muito clara e definida, mas que dá pra dizer que tenho idéia onde e como quero estar daqui a algum tempo.
E como muda, não? A cada ano que passa incluo pontos e excluo outros. Naquela lista de ano novo, aproveito e reavalio meus planos para o futuro, 1 ano é muito pouco pra ser planejado, 1 ano apenas é consequencia. Você plantou no ano anterior, vai colher neste ano que inicia. Fato.
Quer planejar qualquer coisa, planeje a longo prazo. Comece fazendo um exercício simples: onde e como você quer estar daqui 5, 10, 25 e 50 anos? Já pensou nisso? Não? Deveria.

Agora é a hora de pensar no futuro, traçar metas pessoais. Só sonhar não adianta, tem que colocá-las no papel e a partir disso traçar um caminho. Isso mesmo, num papel em branco coloque um ponto inicial, abaixo, e a meta na diagonal, mais acima. Agora faça uma escada, com vários degraus. Terminou? Agora nomeie cada degrau com os obstáculos e etapas que terá que vencer para chegar no objetivo. Fácil, não? Óbvio que não. Primeiro você tem que saber onde quer chegar e isso é, sem dúvida alguma, o mais difícil. Faça uma escada pra cada objetivo. Chato, né? Chato é não fazer e deixar vida te levar.... deixa a vida me levar, vida leva eu... só em música, né. Assuma o controle.

E quantas vezes no meio do caminho achamos que estamos fazendo tudo errado? Eu tenho sempre estes momentos. Me cobrando principalmente das oportunidades que perdi e dos erros grosseiros que cometi. Patcha vida, como eu erro.
Muitas vezes acho que deveria relaxar um pouco no meu planejamento de vida, mas logo volto ao foco e tenho a certeza que tenho feito o melhor, pra mim. Eu sei onde quero chegar, como quero estar, o que ainda quero realizar. Falta muita coisa. Coisas até que nem sei como e quando começar, mas quero. Quero muito e muitas coisas. E poucas delas são financeiras ou relativas a posses, por incrível que pareça. Quero algum dia me orgulhar dos meus filhos, das suas atitudes, do seu caráter e educação. Quero uma mulher companheira pra vida toda, aquelas que andam ao lado, rindo e chorando juntos, parceira pra qualquer hora mesmo. Quero ter sido responsável pela evolução de algumas pessoas, aquelas que "adotamos" no decorrer da vida. Quero retribuir de todas as formas aos queridos que me tornaram o que sou, meus pais. Quero ter tantos amigos verdadeiros que precisaria fazer festas de mais de um dia pra reunir todos. Quero chegar numa idade em que deixar herança será o de menos, quero deixar para os sucessores exemplos, bons e ruins, para que escolham o seu próprio caminho. Passaria dias falando o que quero...

Não vamos deixar os outros escolherem o nosso destino. Somos livres para fazer as nossas escolhas, basta um pouco de coragem para dizer não ao que não te serve mais e ousadia para dizer sim ao que te brilha os olhos. As escolhas nem sempre tem resultados imediatos. Quem precisa de resultados imediatos, se temos a vida toda pra colher o que estamos plantando? Pense nisso.

O futuro você faz todo dia, a cada escolha, a cada renúncia, a cada atitude.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Você vive pra que? Eu vivo pra ser importante...

... pra alguém.
Devem ter achado que eu queria ser famoso, poderoso, uma celebridade, não? Então, não tenho esta pretensão. Não vou ser hipócrita de dizer que não quero ser bem sucedido, renomado ou referência em algum assunto, ou mais de um, mas quero mais, quero ter outra imagem além dessa, quero me tornar importante pra alguém.
Quero ser lembrado nos meus relacionamentos, nos meus trabalhos, nas minhas amizades, na minha família, até para o meu cachorro.
Quero que a minha ausência seja sentida, que a minha presença seja motivo de alegria.
Quero ser admirado pelas minhas atitudes, pela minha forma de agir e principalmente pela atenção que dei, valores que transmiti e pelos erros que cometi e não devem ser repetidos.

Acho mais que obrigação a um líder (líderes estão em todos os níveis hierárquicos das empresas e na sociedade) passar valores, experiências, não apenas dar ordem e delegar, mas mostrar um caminho, trocar ideias, aprender, dar oportunidades, desafiar, dar um feedback mais pesado (aquele que ninguém tem coragem de falar), desenvolver alguém, tornar alguém melhor do que você é, esse é o seu papel, será sempre lembrado por isso.

Num relacionamento, procure se tornar especial pra outra pessoa, torne os momentos inesquecíveis, se dedique, ouça com atenção, dê conselhos, ou só ouça mesmo, ame com vontade, abrace de verdade, enfim, torne aquele momento único, mesmo que seja breve. Na memória a duração não ocupa mais espaço que a intensidade.

Nossa presença tem que ter o poder de encorajar, acalmar, inspirar, divertir alguém... Não vale de nada passar em branco na vida de alguém. Se não der pra fazer um negócio, ganhe um amigo, se não vão ser amigos, transfiram conhecimento, se não vão aprender nada, que se divirtam, se não for pra se divertir, que se respeitem... e se for amar alguém, que seja verdadeiro, memorável.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Educação: será que estamos realmente evoluindo?

Na semana de divulgação do resultado da avaliação do IDEB. Brasil com média 4,6. Bom hein... uhhh. Bom mesmo é ter até 2021 pra chegar na média 6. Aí sim! Vamos evoluir a passos de tartaruga manca.
A pergunta é? Até que ponto este índice indica uma melhoria SIGNIFICATIVA para a sociedade? Não questiono a melhoria (lenta neste caso), mas que existe. Digo no sentido de modelo de educação.
Lendo sobre o assunto, vi que o resultado no modelo de educação tradicional é uma retenção de apenas 6,33% do que foi ensinado. 63% simplesmente não é absorvido pelos alunos. O tempo de atenção a conteúdos chatos é de apenas 8 minutos (isso em um período inteiro de aula). Alguém sabe pra que serve o Pi, 3,1416....... ou alguma raiz quadrada de algum número gigante? Eu não. Completamente ineficaz.
A educação atual e tradicional cria padrões e uniformidade de comportamento. O aluno que se difere de alguma forma é rapidamente podado e novamente moldado ao padrão. Não existe espaço para a criatividade.
Todas as escolhas das crianças e jovens, até que tenham certa idade (prox. de 17 anos), são feitas pelos pais. Nem escolher as atividades que querem fazer, eles podem. São realmente moldados a serem da forma como os pais foram e como os antecedentes foram.
Falar que a escola e a educação faz a criança aprender a aprender é balela. Crianças já vem com a função aprender a aprender ativada. Ninguém as ensina a engatinhar, a andar, a falar as primeiras palavras. Ajudamos a aperfeiçoar, não a começar.
As crianças são “treinadas” desde pequenas. São deixadas na escola pelos pais, acondicionadas em uma sala com mais 30 da mesma espécie, só podem fazer o que a “treinadora” mandar e são corrigidos caso tentem fazer algo diferente do que é autorizado. É ensinado o que pode e o que não pode e sempre, apenas o que todos podem fazer, é o que o individual pode fazer. A partir disso, já podemos enxergar o futuro destas crianças, vendo o mundo lá fora com um lugar cinzento, sistemático e muito difícil.
A linha de montagem molda a criança dentro de um mercado de trabalho que pressupõe que os recém-formados conhecem a submissão ao sistema, aceitam a uniformização e sabem seguir instruções.
O que acontece é que, as escolhas são feitas muito cedo, não pelas crianças e jovens, mas pelos pais, nunca escolhidos por dom, paixão ou por aspiração. Crianças são papéis em branco, vamos acompanhar e incentivar que elas escrevam seus próprios futuros, em vez de entregar a cartilha pronta para que ela siga a risca.
Por isso é tão comum as pessoas não terem senso crítico para escolher representantes na política, para protestar pelos seus direitos, para buscar melhorias nas suas vidas, etc. Se tornam conformados, desde pequenos com o modelo que os moldou. O certo é seguir o que foi instruído desde cedo e ser crítico e não foi ensinado.
Como cruzar estas informações adquiridas na escola, com as necessidades da vida e encaixar no mercado de trabalho?
As empresas cada vez mais procuram profissionais que tenham espírito de liderança, criatividade, saibam trabalhar em equipes multidisciplinares, tenham visão global do negócio, sejam ótimos comunicadores, que busquem o autodesenvolvimento. Utópico, não? Não moldamos este tipo de profissional, como queremos que saia no final da linha de montagem este produto? Teremos sérios problemas com falta de mão-de-obra num futuro bem próximo. Opa, já temos...
A educação é, na minha humilde opinião, o pilar mais importante para o desenvolvimento de uma sociedade. Não é padronizando, dividindo em cotas, segregando socialmente o povo que teremos algo consistente. A formatação como hoje é feita é, no mínimo, não acreditar no potencial das novas gerações, onde ELAS POSSAM FAZER as mudanças que querem que sejam feitas.
Uma sociedade realmente feliz não é aquele que tem mais riquezas, mas a que dá mais liberdade, oportunidades e trabalha no melhor sentido da cidadania.

terça-feira, 6 de julho de 2010

No amor, o que vale é a atitude

Se pensar bastante e mais de uma vez chegar a conclusão que deveria superar alguma escolha errada, desgastante, é porque ela deveria ser realmente superada. Não dá pra ficar esperando que os outros sintam o que você sente, não dá pra ficar esperando que os outros pensem da forma que você pensa.
Dedique-se até quando achar que vale a pena, mas não dedique-se por pena, nem deixe passar o tempo. A linha entre a persistência e a cegueira é tênue. Não raramente perceberás somente quando tropeçar na escuridão. Pode ser tarde…
Chega a hora de ajustar o leme, sem certeza alguma da decisão tomada, mas tem que ser feita. A reflexão fria é necessária. Você sabe quando está com a pessoa errada, mas finge não ver, você não sabe quando está ignorando a pessoa certa, também finge não ver.
E quando começar a enxergar a realidade?
Arrisque, esqueça os jogos, seja coerente com você, você só deve explicações a você mesmo. Se pensar duas vezes, não o fará, não terá coragem e depois ficará se culpando por não ter arriscado. A verdade tem que ser dita, nem que seja apenas para conhecimento da outra pessoa. Minha opinião.
A certeza que temos que ter é que não será nem a primeira e talvez não seja a última tentativa que fará na vida.
Sabe por que erramos tanto? Porque não temos definido o que queremos, ou queremos mais do que precisamos.
Vou finalizar com Fernando Pessoa, que encoraja algumas atitudes.

Alague seu coração de esperanças, mas não deixe que ele se afogue nelas.
Não se acostume com o que não o faz feliz, revolte-se quando julgar necessário.
Se achar que precisa voltar, volte!
Se perceber que precisa seguir, siga!
Se estiver tudo errado, comece novamente.
Se estiver tudo certo, continue.
Se sentir saudades, mate-a.
Se perder um amor, não se perca!
Se o achar, segure-o!

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Sou a favor do movimento contra os pesos de papel.

Vejo em todas as eleições o povo conversando sobre votos, falam, falam, expõe tudo que querem em seus candidatos, todas as suas necessidades. Naturalmente não procuram encontrar em algum deles o que desejam, certo? Certo. E aí? E aí que acabam votando por critérios dos mais variados, em algum candidato que já votou no passado, algum amigo, algum famosinho, aquele que deu dentadura, óculos, muleta e um beijo no filho ranhento no meio do comício, enfim, todos aqueles que vão manter tudo da forma como está. Tô errado?

Sempre tive muito claro na minha cabeça a diferença entre processos e projetos, e principalmente o entendimento do quanto de atenção dedicá-los. Os processos devem tomar no máximo 60% do seu tempo e dedicação, o restante deve ser usado para criar, planejar, ousar, testar, sonhar... O que diferencia, profissionalmente, 2 pessoas equivalentes são os projetos que tem em ação e não a quantidade de processos que tem sob as asas.

Os discursos políticos, desde sempre, vendem processos, todos no mesmo sentido, com flores filosóficas os adornando. De que adianta falar que vai melhorar a educação, o atendimento médico, que vai construir casas populares, facilitar o acesso à educação de qualidade, reforçar a segurança pública, etc, se o orçamento já está aprovado e as verbas já estão todas comprometidas com os processos? Como vai realizar os projetos sem antes liberar orçamento? Fácil, usa o aumento da arrecadação. Ah tá! Demorou pra pensar, eles já tinham pensado nisso antes. Nem bem é divulgado o aumento da arrecadação pública que os “adoradores de processos” já tratam de inchar suas estruturas, reforçar suas obras que nunca terminam e repassar de uma forma legalizada, a antiga prática da compra de votos, sob forma de distribuição de renda.

Tá, falou, falou e... qual a sua sugestão?!
Bem, vamos lá.

Querem projetos novos, inovadores, autênticos, etc? Escolham pessoas diferenciadas! Críticos, autênticos, com histórico criativo, inquieto, provocador, mas que consiga estruturar os pensamentos. Estes serão os transformadores, os que vão incomodar os “adoradores de processos”. Grandes líderes se destacam por atitudes corajosas e alta capacidade de realização. Não conheço nenhum que tenha sido um grande líder simplesmente por ter feito da mesma forma o que sempre foi feito. É exatamente desta forma que estamos votando. Escolhendo pessoas para fazer da mesma forma o que sempre foi feito, apenas mudando as flores que adornam as suas divulgações.

Não sei se estou sendo claro o suficiente. A idéia é povoar o ambiente público de pessoas diferenciadas, antenados (no sentido de estar atualizado e ter a cabeça aberta a novas idéias), arrojados e bem sucedidos, que não vejam na política a última salvação para suas carreiras fracassadas, vejam nela a oportunidade de darem exemplos, bons exemplos e perpetuarem a sua existência.
Eu não quero um peso de papel me representando, representando minhas necessidades e anseios. Quero alguém que tenha senso crítico, mas que, além disso, desenvolva uma evolução crítica, necessária para colocar em prática os novos projetos. Somente com a multiplicação dos detentores de evolução crítica que teremos uma real evolução, capaz de trazer a tão sonhada melhoria que buscamos e acabar com o descaso social.

Sou a favor do movimento contra os pesos de papel.