sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Então é Natal. E o que você fez?

O mundo evolui e a maturidade é naturalmente adiantada, as crianças passaram a acreditar menos em Papai Noel, e mais em exemplos. Num mundo em que a velocidade da informação é tão rápida quanto o tempo gasto para buscá-la, ou você dá o bom exemplo, ou as nova gerações vão seguir o primeiro exemplo que encontrarem. Nem sempre bons. Nem sempre os mais adequados.

Os anos vão passando e temos a impressão que está passando cada vez mais rápido, não que esteja, pois o tempo é o mesmo, menos se o Galvão Bueno estiver narrando, mas por possuirmos cada vez menos tempo de vida, nos dá a  sensação de que ela passa mais rápido. Uma contagem regressiva.
Seguindo este raciocínio, posso sugerir que as realizações com o tempo deveriam que ser maiores, mais intensas. O que você fez no ano anterior pode ser simples demais para o anseio deste novo ano. O engraçado é que vejo o contrário, quanto mais passa o tempo, mais se acomodam e colocam areia nos próprios planos. Estranho, não? Olha o exemplo dado.

Final de ano sempre é um momento agradável pra pensar na vida, tipo fechar o orçamento do próximo ano. Fazemos planos, aquelas promessas para iniciar com o novo ano, como uma dieta no dia seguinte da ceia e da bebedeira da festa de Reveillon. Mas por que não são cumpridas? Porque não temos o hábito de sempre fazer planos. Hábito de fazer um plano, e cumprí-lo, independente do período do ano. Por que só no final do ano e só pra iniciar no ano que vem? Nem todos os planos precisam esperar a virada do ano, certo? Ah, mas se começar este ano não vou ter a mesma motivação que teria no próximo ano. Verdade, já vi que não vai cumprir nem ano que vem. Quer apostar? Colocou algum "se" ou fez mais de 3 perguntas, não vai. Fato. Olha o exemplo.

E o que você fez? Eu? Eu realmente fiz um ano diferente. O mais intenso desde..... o ano passado. Mas menos que o próximo. Achei o equilíbrio que tanto procurava. Todo ano tento encontrá-lo. Busca constante. Insconstante previsibilidade. Plantei as sementes escolhidas a dedo e estou vendo o começo da colheita. Conheci muitas gente nova, gente boa e gente ruim. Me desafiei, me tirei da zona de conforto muitas vezes. Me provoquei. Testei meus limites. Errei. Me machuquei. Me recuperei. Aumentei a dose de pimenta. Errei mais um pouquinho. E aprendi. Aprendi que os erros nos tornam mais humildes, mais conscientes das limitações, da nossa pequenez. E das nossas qualidades, por que não reconhecer que somos bons em algumas coisas? Reconheço, também. Aprendi que gente do bem a gente enxerga pelo olhar, sempre soube disso, mas aprendi a enxergar. Não tem primeira impressão que uma conversa olho no olho não desmascare, ou reafirme. Aprendi a desapegar de algumas coisas. Dar valor a outras. Aprendi a rir mais. Rir sempre. Mesmo quando tive vontade de chorar. E funcionou. Metas pessoais atingidas.

Se o espírito do Natal é de renovação, amor, amizade, perdão, esperança, caridade, enfim, por que não dizer que o Natal é todo dia? Estes valores e atitudes que o Natal inspira são sazonais? Assim como o chester? Não, né! Por que limitar apenas ao Natal? Poxa! Sejamos sensatos. Atitudes forçadas não me convencem e nem me dizem o que realmente cada um é. Atitudes utilizando o Natal como desculpa buscando a autopromoção são dignas de perder a minha atenção. Assim como o chester.

Ninguém tem a obrigação de fazer nada pelo próximo. Obrigação, não. Se o faz, faça com isenção da valorização da imagem, fazer o bem, não importa a quem, sem promover a ninguém. Admiro estas pessoas, de verdade. Quer fazer realmente o bem para alguém? Torne-se uma pessoa melhor, mais gentil, mais responsável, mais consciente, mais educada, mais carinhosa, mais crítica, mais confiante. O mundo precisa disso. O Brasil precisa disso. Nossas famílias precisam disso. Exemplos.

Independente do que você fez, ou não fez, faça pelo menos neste dia. Abrace, beije, se desculpe, doe e fale o quanto as pessoas são importantes pra você, olhando no olho. Se somente neste dia você cria coragem, aproveite este dia. Faça planos. E, por favor, não desista. Só depende de você e qualquer transformação começa em você. Vamos dar o exemplo. A nossa geração é a base para as próximas. 

Um Feliz Natal a todos e um novo ano de muitas e muitas realizações!